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O espa​ç​o abre, o c​é​u pesado cai

by SANTOS

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1.
Introdução para Aglomerado da Serra 03:42
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2.
Eleito 03:22
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Você vai rir da minha queda, eu vou levantar Você atiça o formigueiro Tudo tem um preço Eu vou revidar A minha pele vai dizer O que minha mente já cansou Quando o meu sangue discursar Eu vou voar
3.
Criação de Maa Ngala 05:28
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A você eu agradeço Por todo aprendizado Eu amo e amei sua liberdade antes de te amar Voa leve Voa certa Leva contigo o afeto que existiu Eu tentei seguir meus próprios passos Me vi sozinho, sem reconhecer Quem eu sou, quem há de vir em mim Quem eu sou, quem há de vir em mim Quem há de vir em mim (8x)
4.
Impasse 04:32
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O espaço se abriu E o tempo colidiu O céu, o mar, estrelas O sol é uma estrela E antes de surgir Um ente iluminar Vadio desgosto Sujeito suposto aaaaaaaaaa Eu não me sinto seguro (aaaaaaaa) Ainda procuro refúgio (aaaaaaaaa) Eu busco sobreviver Eu busco sobreviver Desgaste dos sentidos Eu sei como é que é No fundo do poço Calor e desgosto Impasse inverídico Quando a verdade vem Poder emanado Da mão de quem tem aaaaaaaaaaa Eu não me sinto seguro (aaaaaaaa) Ainda procuro refúgio (aaaaaaaaa) Eu busco sobreviver Eu quero sobreviver
5.
O espaço abre, o céu pesado cai 05:14
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o espaço abre, o céu pesado cai o vento leva sobre ele o meu pesar e nada pode ser melhor que buscar atalhos se às vezes falar é distrair e se vangloriar pelo sucesso é tão banal porque ser justo é simplesmente se orgulhar? eu sei que eles não se importam eu sei que eles não suportam eu sei que eles não se importam eu sei que eles não suportam se o mundo é um bálsamo alívio, conforto é se manter em estado de emergência e fingir movimentar eu não aturo o falso sentido (o falso sentir) eu compreendo a falsa modéstia o mal que me resta revidar eu sei que eles não se importam eu sei que eles não suportam eu sei que eles não se importam eu sei que eles não suportam
6.
Guias são as sombras 07:25
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guias são as sombras e o corpo sente o sol me perturba e as lágrimas queimam o olhar visto o novo, o novo não me quer faço o novo e percebo, o centro não me quer sou o corte e minha sombra realça o ar guias são as sombras e o corpo mente o fogo se confunde com as lágrimas perco ao olhar
7.
Ela (interlúdio) 02:23
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Ela me abraça Entre suas asas vôo Ela me traz calma E em sua alma vou
8.
Preta 04:12
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quando a preta chega liberdade canta quando a preta chega liberdade canta liberdade chama pele feito chama liberdade canta pjl pjl quando a preta chega corpo aquece, corpo aquece quando a preta fala tudo aquece, me enriquece vento frio me entristece morte, a vida me conhece vida é fluxo, tudo mec tudo meczada pjl pjl quando a preta fala nada me abala rajada de bala minha preta fala se você não escuta não sabe de nada e se não respeita conversa fiada pjl pjl quando a preta narra tudo em volta cala não existe marra quando acorda, sarra liberdade canta o baile explode paredão e grave fumaça no ar pjl pjl minha preta é o gozo de todo sentido ela é a cidade é um edifício de canto na esquina é goma na seda é o fim da larica ela me assalta pjl pjl
9.
Lili vai cantar 04:42
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Trago boas novas Lili vai cantar Você vai experimentar
10.
Afro-futurismo 03:36
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E a juventude não se importa Em se comunicar A ancestralidade não aporta Quem não quer se espelhar Isso é o que há Isso é o que há E a juventude não suporta Não tem no que se espelhar E a ancestralidade volta A se reivindicar Isso é o que há Isso é o que há E a juventude fecha a porta E tende a conservar E o ancestral se rende ao templo E nada vai mudar Isso é o que há Isso é o que há

about

"O espaço abre, o céu pesado cai" é um disco que começou quando vislumbrei o céu de Aglomerado da Serra (BH-MG) em junho de 2018, após uma festa junina cheia e enérgica. Em um momento de reflexão, me passou um filme na cabeça e, dentre tudo que passou, essa frase ficou registrada. A partir desse momento e com o passar do tempo, tudo foi fazendo mais sentido. Basicamente com a maior parte das coisas que cantava e sentia durante o processo de 'Afeto', hoje eu me defronto em outras circunstâncias, olhando para esse passado com uma distância reflexiva e necessária.
Esse disco gira menos em torno de minha individualidade e busca pensar questões espirituais, existenciais e políticas de forma mais livre e crítica. A forma das músicas aqui vai pra um novo lugar, onde há experimentação em volta de timbres de percussão pouco convencionais e de compilados de efeitos de voz e guitarra, visando uma mixagem mais experimental e toda feita em casa, como nos outros trabalhos.
Este meu terceiro disco anuncia também o fechamento de um ciclo, onde pauso por tempo indeterminado esse projeto.

credits

released August 22, 2019

Arte: Cecilia Queiroz | Montagem: Santos

Voz, guitarra, edição, mixagem e masterização: Santos
Baixo e mixagem em "Criação de Maa Ngala": Nathanne Rodrigues
Gravações de voz e guitarra em "Impasse" e "Afro-futurismo": Estúdio Barbatana (Niterói - RJ)

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SANTOS Rio De Janeiro, Brazil

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